segunda-feira, 8 de junho de 2009

À fins celestiais.

Há tempo que não escrevo a seu cargo, ó amor.
É incrível e maravilhoso como o amor é ele mesmo independente às circunstâncias.* Visto que mesmo que não te tenha mais – por alguns segundos, apenas – ao alcance, você está em mim e te mantenho vivo e aquecido com zelo, dentro de um cômodo de minha existência humana. É de outras vidas que me recordo do apego grande por essa carcaça tão, mas tão bonita que guarda de modo angelical sua alma linda e vinda dos céus.
E não observá-la de perto, não me diz “esqueça-o, pois” de modo algum, de maneira nenhuma. Ao avesso, apego-me à afamada saudade, que a gente só sente em relação a quem ama de verdade. Assim como não estar em condição de tocar meu amor por você de próximo, não me impede de cuidá-lo com carinho, ou descrever tal.
E medo de perder, tem vários parentes univitelinos, tais: frio, aperto, dor física psicológica dos órgãos, especificamente de um órgão musculoso, centro da circulação do sangue conhecido coração, e na víscera que recebe e digere os alimentos, conhecido estômago. Encontram-se sintomas: perda de rumo, sentidos e sentido à vida que já foi abdicada, no tempo em que ‘deu, ta dado’.
Falar bonito parece-me tão frívolo, se o bonito é o espontâneo, que me lembra nosso tempo de criança, onde ser feliz era tudo o que importava, enquanto fazer do outro feliz hoje é mais interessante. Os dois são gestos bonitos, de doação.
Daria essa minha vida por esse amor, ou só por mais um dia dele. Por que sei que ele nos seguirá por toda a vida, ou vidas tornando-nos imortais.
E sinto-me culpada por esquecer um pouco do Deus do meu mundo, pelo fato de você, Felippe, ser um quase ou semi-Deus a meu ver. Talvez, por sua áurea parecer impermeabilizar todo o meu medo não o deixando sair, e não deixando todo o mal entrar.
Não preciso de mais muito, respiro você, farejo você. Alimento-me de você, e só o que necessito é te sentir próximo. Transbordo paixão pelo seu corpo, sua face, e me arrepia sua voz ainda hoje.
Sobre amar não sei muito, porém já entendo que quando os céus enviam um amor tão bonito na terra, deve-se amá-lo. Cuidá-lo e acreditá-lo. O amor que só toda ciência não prova, nem esclarece.
Então, duvida de uma força maior, da promessa de paraíso eterno aos bons, das nuvens de cisnes, mas não duvida do meu amor. Pois seria irredimível e imperdoável até em confissão. Maior pecado que não correspondê-lo. Eu te amo, um amor de verdade, claro, completo, divino.

Com amor, sua.

*Se ama até com raiva, como se fosse um carma.

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